sexta-feira, 7 de agosto de 2009

maneiras de se referir às pessoas sem demarcar gênero

@ - como 'o' ou como 'a', podemos usar em palavras como alun@, conheci lendo textos do Seminário Fazendo Gênero 7

s/he - acabei de ler no artigo Shifting Sexes, Moving Stories: Feminist/Constructivist Dialogues
escrito por Stefan Hirschauer e Annemarie Mol

alguém teria outras sugestões?

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

nada tão profissional...



É muito bizarro, mas acho que desde que criei o blog só escrevo coisas sérias, sobre algum assunto ligado à minha vida profissional, e isso nada mais é do que um certo complexo de culpa por não viver "profissionalmente". Nem mesmo minha produção é profissional, e um exemplo disso é que agora a pouco eu estava a filmar pipas no céu de fim de tarde.
Também percebi, que em conversas com amigos, quase sempre falamos sobre assuntos profissionais. Algo tipo: "e aÊ? tá trabalhando? já se formou?" Não sei se é por não gostar de responder negativamente às duas perguntas, mas eu gostaria muito mais de ouvir perguntas como: "como você está? o que tem feito?" Para essas últimas, com certeza eu teria muito a dizer.
Ontem à noite, quando pensava ao invés de dormir, cheguei a conclusão que não tem nada a ver ficar com esse "complexo de culpa", pois cada um vive a vida à sua maneira, seja profissionalmente ou não. Mas, talvez se as pessoas se relacionassem de uma maneira menos profissional, as conversas seriam mais divertidas e interessantes.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Filosofia doméstica

Já fui daquelas que abomina o trabalho doméstico e acredita que este seja um trabalho inferior aos outros. Foi com meu orientador do trabalho de graduação que comecei a estabelecer analogias entre o ato de preparar uma refeição e o ato de projetar (o trabalho d@ designer, que no caso, era eu). Tentarei ilustrar resumidamente as semelhanças entre os dois processos:

Briefing (O que será feito?)
Um telefone.
Uma macarronada.

Levantamento de dados
O que é uma macarronada? Como ela é? Quem vai comer? Como são essas pessoas? (vegetarianas?gostam de pimenta? são alérgicas? estão de regime?) Quais os ingredientes na cozinha? Posso comprá-los? Quanto dinheiro eu tenho para isso? Tenho liquidificador? Microondas? Panelas? Fogão?


Definição de requisitos
Tem que custar até tanto, será para tal público que age assim e gosta disso...

Geração de alternativas
Pensar (buscar) vários tipos de macarronada (ao sugo, molho branco...)

Seleção de alternativas
Qual receita é melhor para os requisitos?

Desenvolvimento
Preparar a macarronada, com base na receita e preferência dos "usuários"

Provar a macarronada

Colocar um pouco mais de sal

E...

Voilà!

Mas o que eu queria dizer realmente com isso?
Bom, a parte de cima é pra ter a desculpa que desde que entreguei o trabalho de graduação há quase um ano eu só tenho cuidado de afazeres domésticos.
Mas com isso, aprendi a valorizar esse tipo de trabalho e observar o quanto essa atividade é desvalorizada (assim como as pessoas que o fazem).

Entre outros atributos do trabalho doméstico eu destaco:
- gerenciamento das tarefas: cozinhar o arroz enquanto descasco os legumes e esquento água para cozinhá-los
- gerenciamento do tempo: fazer tudo no tempo correto para quando as pessoas se servirem esteja tudo quentinho
- organização: deixar a cozinha limpa e organizada enquanto prepara a refeição
- otimização de processos: re-utilizar a água de cozimento de uma coisa para cozinhar a outra.
- criatividade: com os mesmos ingredientes pode se fazer inúmeras receitas
- concentração: se concentrar no que se está fazendo e não deixar as coisas queimarem ou exagerar nos temperos.
- diversão: sim, é divertido, ainda mais quando se tem a companhia de música e uma taça de vinho (ou cerveja)
- meditação: trabalho doméstico faz bem pra mente, é um momento em que estamos sozinhos e concentrados numa atividade sem muitos conflitos ou empecilhos, a diarista daqui de casa chega a entoar um mantra enquanto faz a limpeza ou lava a louça (é sério!)

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Frase do dia:

(encontrada num pedaço de papel...)

Cada um vê o que conhece

Graças ao Google descobri que ela foi dita por Bruno Munari(1).

E com ela, vieram de brinde umas outras citações:

Percepção não é simplesmente o ato de ver. É a combinação de informações avaliadas através de nossos sentidos (visão, audição, paladar, olfato e tato) com conhecimento armazenado na memória. O processo de percepção está relacionando novas com antigas experiências e expectativas.

Essa, do Theo Mandel(2).


A forma de um objeto que vemos, contudo, não depende apenas de sua projeção retiniana num dado momento. Estritamente falando, a imagem é determinada pela totalidade das experiências visuais que tivemos com aquele objeto ou com aquele tipo de objeto durante a nossa vida (p. 40). [...] Toda experiência visual é inserida num contexto de espaço e tempo. [...] O que uma pessoa vê agora, segundo nos disseram, é somente o resultado do que viu no passado.
E essa do Rudolf Arnheim(3).

E por aí vai...

(1)MUNARI, Bruno. Design e comunicação visual: contribuição para uma metodologia didática. Trad. Daniel Santana. São Paulo: Martins Fontes, 1997. p.10
(2)MANDEL, Theo. The elements of user interface design. New York: John Wiley & Sons, Inc., 1997. p.38
(3)ARNHEIM, Rudolf. Arte e percepção visual: uma psicologia da visão criadora. 4ª ed. Trad. Yvone T. de Fari a. São Paulo: Pioneira, 1986. pgs.40 e 41

terça-feira, 3 de julho de 2007

Na estrada...

Fotografias em movimento.

1. Os meninos sentaram-se nas caixas de engraxate para jogar playstation 2 em frente à loja de eletrônicos. Ao fundo, a moça do balcão navegava no orkut.

2. As moças dobravam cobertores coloridos com uma sincronia perfeita. Ao fundo, homens riam do carro que anunciava com o megafone em uma voz engraçada.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

escape

v. run away, flee; leak out; find shelter, find protection



Mas do que eu fujo, isso não tem no dicionário!